Sem temer qualquer tipo de mau agouro, começa nesta sexta-feira (13), a 2ª fase do Open Banking, que promete mudar a forma com a qual usuários se relacionam com o sistema financeiro. Eles terão, a partir dessa data, a oportunidade de compartilhar dados cadastrais e transações com instituições financeiras participantes.
1. O que muda nessa 2ª fase do Open Banking?
A implementação da 2ª fase deveria ter ocorrido em julho, mas foi adiada pelo Banco Central por problemas detectados no sistema. Nessa fase, os usuários que fizerem adesão ao sistema, dando o seu consentimento, poderão compartilhar informações sobre seu histórico bancário, coo conta corrente, cartão de crédito e demais operações; podendo obter melhores propostas e serviços de bancos dos quais não é cliente.
2. Qual a diferença para o Open Finance?
O Open Finance nada mais é do que uma evolução do Open Banking, que tem o intuito de atingir não só bancos, como também outros sistemas financeiros, como corretoras, companhias de câmbio, fundos de previdência etc. Desta forma, podemos dizer que o Open Banking veio para mudar o atual sistema bancário, enquanto o Open Finance vai além disto, altera e amplia todo o atual sistema financeiro brasileiro, um dos mais atrativos do mundo.
3. Qual será o ritmo da adesão ao Open Banking?
Tudo vai acontecer de forma escalonada. A 2ª fase será implementada ao longo de oito semanas, Inicialmente apenas 0,1% da base de clientes compartilhará seus dados, sendo esse percentual ampliado escalonadamente para que seja possível testar a eficiência do sistema e fazer ajustes. A ideia é que um sistema seguro atraía a adesão maior de pessoais físicas e jurídicas.
4. Qual a vantagem em para quem aderir ao Open Banking ?
O consumidor que aderir ao Open Banking poderá tirar vantagem de melhores condições e produtos oferecidos pelas instituições bancárias, comparando preços, por exemplo. Ou seja, na prática, ao solicitar um financiamento, por exemplo, o consumidor após ter consentido o compartilhamento de seus dados, terá seus dados compartilhados com as demais instituições e poderá escolher a proposta mais vantajosa, ainda que não seja cliente do banco no qual pretendia realizar o financiamento.
5. O consentimento para o compartilhamento de dados pode ser revertido?
Sim, o consentimento terá prazo de validade limitado a 12 (doze) meses (exceção para contrato de trato sucessivo). Contudo, se por algum motivo, o consumidor quiser cancelar esse compartilhamento, antes do prazo, também será possível. O cancelamento poderá ser feito na instituição na qual foi dado o consentimento como na instituição que transmitirá seus dados. Esse cancelamento deverá ser efetuado em até um dia, contado a partir da solicitação do cliente, no caso de iniciação de transação de pagamento; ou de forma imediata, para os casos em geral.
6. Por que o Open Banking abre oportunidades para as startups?
A plataforma do Open Banking oferece a possibilidade do desenvolvimento de tecnologias que permitem novas aplicações dos serviços financeiros oferecidos, que podem estar contidos em aplicativos com simulações de crédito, empréstimos e investimento de diversas instituições e isso será um facilitador para os usuários do sistema e abre oportunidade para empresas inovadoras de tecnologia.