Com a adoção em larga escala do home office, o cenário está mudando e o trabalho remoto internacional vem ganhando espaço no mercado.
Nessa fase da pandemia, o trabalho remoto internacional vem crescendo?
Sim e deve ser uma tendência. A Estônia, por exemplo, que se tornou uma referência mundial em termos de administração pública digital, que abrange quase 100% de seus serviços, é o primeiro país a adotar uma legislação para estrangeiros que quiserem viver e trabalhar no país para empresas de outras nações.
O que mudou?
Dois fatores ajudaram a consolidar essa tendência. Com as limitações impostas pela pandemia, as empresas tiveram de rever os deslocamentos internacionais de seus executivos e adotar soluções remotas. No saldo, descobriram que funcionava e era produtivo. Paralelamente, cresceu o número de plataformas que oferecem home office internacional, principalmente na área de tecnologia.
Há outros exemplos?
Sim, o trabalho sem fronteiras já alcançou Barbados, no Caribe, que criou visto temporário de um ano para que estrangeiros trabalhem remotamente no país para interessados fora de suas fronteiras, harmonizando a legislação interna trabalhista e tributária.
Como harmonizar o trabalho remoto internacional a partir do Brasil?
No caso de ser um brasileiro que trabalhe home office para uma empresa no exterior, terá de vencer a burocracia. O ideal é firmar um contrato com o empregador estrangeiro e ser também uma pessoa jurídica para dar conta das transações das operações de câmbio e responder às responsabilidades fiscais no Brasil.
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