Nessa segunda onda da pandemia da Covid-19 , com aumento do risco de crédito imobiliário e crescimento das dívidas, os empréstimos com garantia de imóveis vêm crescendo. Em 2020, 2,8 bilhões de solicitações desse tipo de crédito foram feitas em fintechs.
1. Como funciona esse tipo de crédito?
É um crédito pessoal em que o interessado utiliza seu imóvel quitado como garantia, tendo acesso a uma taxa de juros menor e com prazo maior de pagamento. É conhecido no mercado como home equity, sendo muito comum nos Estado Unidos O banco fica com o bem em contrapartida até a quitação da dívida e o credor pode usufruir do bem para residir ou locar.
2. Na pandemia, essa linha de crédito vem crescendo?
Sim, há instituições financeiras que têm registrado um aumento acima de 100%, embora essa modalidade não seja muito popular no Brasil, porque muitas vezes é confundida com hipoteca, na qual o credor só retoma o imóvel – se houver inadimplência – com ação judicial.
3. A grande vantagem está nos juros?
Sem dúvida, por ser muito mais seguro , permite a aplicação de um juro muito mais baixo do que em outros empréstimos pessoais sem garantia cheque especial. A taxa é de 20% a 25% ao ano, as demais ficam acima de três dígitos e o empréstimo pode chegar a 60% do imóvel, com prazo de até 20 anos para pagar.
4. O que mudou nessa modalidade de empréstimo com as novas regras do BC?
As alterações foram feitas por meio de Medidas Provisória no ano passado, estabelecendo que um mesmo imóvel pode ser usado como garantia para um novo empréstimo, sendo que o valor da soma das dívidas não pode ultrapassar 90% do imóvel . Também estabeleceu que se uma pessoa financiou 60% do valor do imóvel e quitou 30% dela poderá emprestar o valor pago mediante novo empréstimo.
5. Essa dívida pode ser negociada no mercado?
Sim, o contrato da dívida do empréstimo é um recebível como qualquer outro e pode ser vendido no mercado secundário de renda fixa por meio de fundos imobiliários – Letras de Crédito Imobiliário (LCIs).
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